Ser Saudável Não Custa Nada
Excluindo algumas raras patologias clínicas, para a grande maioria da população ser saudável não custa nada… literalmente.
A base do bem-estar assenta em 3 pilares: alimentação, sono e atividade física. É isto, sem complicações, são coisas simples ao alcance de todos nós, ou seja, não é necessário comer “gourmet” (seja lá isso o que for), não implica utilizar o modelo super anatómico de almofada e dispensa inscrição em ginásio ou a compra de sapatilhas que permitam correr a maratona em menos de 2h. Não custa mesmo nada.
1. Alimentação
No que respeita à alimentação as regras são muito simples: evitar comidas processadas (tudo o que venha embalado ou tenha lista de ingredientes) e, na medida do possível, tentar ao máximo fazer refeições caseiras. De acordo com um estudo publicado no jornal Public Health Nutrition, quem cozinha em casa consome em média menos calorias do que quem come frequentemente fora.
São muitos os benefícios de consumir comida “verdadeira”, tais como:
Os alimentos não processados são mais ricos em nutrientes. 1 porção de pimentos vermelhos contêm 100% da dose diária recomendada de Vitamina C. Os ovos são ricos em colina, um nutriente essencial ao bom funcionamento do cérebro. Comer 1 castanha do Brasil fornece a quantidade necessária de selénio para todo o dia.
A comida “verdadeira” tem um teor mais baixo de açucar. Apesar da fruta ter açucares naturais, fornece também água e fibra, sendo por isso mais saudável. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que apenas 5%, no máximo, das nossas necessidades energéticas provenham de açucares simples, mas não impõe qualquer restrição aos açucares que ocorrem naturalmente nos alimentos. Mas recomenda-se obviamente bom senso no consumo de fruta muito doce e madura.
Rica em fibra. Vegetais, legumes, frutas e cereais integrais fornecem a quantidade necessária de fibra para o bom funcionamento do nosso organismo, ao mesmo tempo que promovem o crescimento das boas bactérias no intestino.
Fonte de antioxidantes, necessários para combater os radicais livres que, em excesso, danificam as nossas células. Frutos vermelhos, vegetais de folha verde e gemas de ovo são ótimas escolhas.
Proteção contra doenças crónicas e cardio-vasculares. As boas gorduras, tais como o azeite virgem, o abacate, peixes gordos (salmão e sardinhas) e frutos secos alimentam o corpo com ácidos gordos beneficiais, que contribuem para a redução de doenças cardio-vasculares.
2. Sono
Os adultos necessitam entre 7 a 9 horas de sono diariamente. Estudos científicos demonstraram que um sono de qualidade contribui com os seguintes benefícios:
Diminui o risco de obesidade. Uma má noite de sono disrompe o bom funcionamento hormonal, aumenta o cortisol, promovendo o crescimento de massa gorda. Por outro lado a recuperação muscular também é prejudicada, pelo que o crescimento e manutenção de massa magra é afectado.
Bom funcionamento do cérebro. O nosso cérebro precisa do sono para fazer a limpeza diária de resíduos celulares e realizar manutenção às células que não apresentam o melhor desempenho.
Aumenta a longevidade. Dormir bem diminui as probabilidades de ter cancro e doenças cardio-vasculares. A má qualidade de sono consistente e prolongada aumenta até 25% a probabilidade de morte.
3. Atividade Física
Neste caso, atividade física não é sinónimo de horas e horas passadas no ginásio a pedalar que nem um louco numa qualquer sessão de iCicle ou RPM. Um estudo científico demonstrou que 150 minutos semanais de atividade física moderada contribui para a neuroplasticidade, ou seja, o aparecimento de novos neurónios no cérebro. Ora, para obter este benefício podemos fazer 4 sessões de 40 minutos de corrida leve por semana ou, numa vertente mais suave, tentar caminhar 10.000 passos por dia. Os 10.000 passos podem dividir-se em 3 passeios de 20 minutos: um de manhã (experimente deixar o carro um pouco mais longe do local de trabalho), um a seguir ao almoço e outro a seguir ao jantar. Caminhar depois das refeições traz ainda a vantagem acrescida de regular o açucar no sangue.
E pronto, com estas 3 coisas básicas que não têm custos (comer em casa até permite poupar dinheiro), estamos a contribuir de forma significativa para uma vida saudável. Não custa nada.