Medicina Não-Convencional, Saúde Extraordinária
Sou um admirador da medicina moderna. É incalculável o número de vidas que todos os dias se salvam graças aos avanços da ciência moderna. Ainda assim, a “guerra” das patologias crónicas, de que são exemplo as doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes ou obesidade, parece estar a ser perdida.
Um dos livros mais interessantes que li sobre novas abordagens na área da saúde foi o “Unconventional Medicine” do Chris Kresser. A Medicina Funcional (ou Integrativa) pretende endereçar de forma eficaz o problema da doença crónica, uma verdadeira epidemia a que a Medicina Convencional já não consegue dar resposta. Aqui fica um pequeno excerto que resume de forma brilhante o conceito.
Functional Medicine is a comprehensive theoretical framework for medicine that incorporates a modern understanding of the body as a complex adaptive system, an integrated biological ecosystem, an interdependent, web-like network of biological functions. It provides a new set of lenses through which to interpret and organize complex biological and social information so that we understand much better why we get sick and how we heal. Functional Medicine guides the clinician to a more comprehensive view of the whole organism, not just organs - the whole system, not just the symptoms.
Functional Medicine also provides a practical clinical framework for how the body's physiologic systems are linked together and how their functions are influenced by both environment (diet, lifestyle, microbes, allergens, environmental toxins, and stresses) and genetics (Loscalzo et al. 2007). Applied in practice, it can more effectively prevent, treat, and often cure chronic conditions, at lower cost, through a new way of seeing disease based on underlying causes, and by developing treatment models that can restore balance within dysfunctional biological systems and networks.
As the saying goes, “Insanity is doing the same thing over and over and expecting a different result." We desperately need a new approach to healthcare that can address the challenges we face, and an army of healthcare providers from licensed clinicians to nurses to health coaches to nutritionists - to embrace this approach and start healing the world.
A Medicina Funcional é uma estrutura teórica abrangente para medicina que incorpora a visão do corpo como um sistema adaptativo complexo, um ecossistema biológico integrado, uma rede interdependente de funções biológicas. Fornece um novo conjunto de lentes através das quais se interpretam e organizam informações biológicas e sociais complexas, para que possamos entender muito melhor por que ficamos doentes e como nos curamos. A Medicina Funcional orienta o clínico para uma visão mais abrangente de todo o organismo, não apenas dos órgãos - de todo o sistema, não apenas dos sintomas.
A Medicina Funcional também fornece uma estrutura clínica prática de como os sistemas fisiológicos do corpo se interligam e como as suas funções são influenciadas pelo ambiente (dieta, estilo de vida, micróbios, alergénicos, toxinas ambientais e stress) e genética (Loscalzo et al. 2007). Aplicada na prática, pode prevenir, tratar e até curar de forma eficaz condições crónicas, a um custo menor, através de uma nova maneira de ver a doença com base em causas subjacentes e desenvolvendo modelos de tratamento que podem restaurar o equilíbrio dos sistemas e redes biológicos disfuncionais.
Como diz a velha máxima, “Loucura é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes.” Precisamos desesperadamente de uma nova abordagem para os cuidados de saúde que possa endereçar os desafios que enfrentamos, e um exército de profissionais de saúde, desde médicos licenciados a enfermeiros, health coaches e nutricionistas - para adotar esta abordagem e começar a curar o mundo.
E para os mais cépticos, num estudo recente publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) analisaram retrospectivamente 7000 pacientes que foram tratados segundo os princípios da Medicina Funcional, comparando casos idênticos endereçados segundo a Medicina Convencional. Os resultados? A 6 e 12 meses, as melhorias nos pacientes tratados com Medicina Funcional foram significativamente maiores do que aquelas nos pacientes tratados com Medicina Convencional.
